sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Augusto Kengue Campos - Calado (Poema)



Porque é que tenho de ficar calado,
quando vocês não calam vossas armas?

Porque é que tenho de ficar calado,
quando vocês políticos não se calam?

Porque é que tenho de ficar calado,
quando vocês continuam a lavar os nossos cérebros?

Porque é que tenho de ficar calado,
quando vocês utilizar as rádios, televisão
e jornais para mentir?

Porque é que tenho de ficar calado,
quando outros venderam o país onde vivo?

Porque é que tenho de ficar calado,
quando as riquezas do nosso país, beneficiam um
número ínfimo de cidadãos?

Porque é que tenho de ficar calado,
quando vocês dizem uma coisa no comício
e fazem outra?
Jamais me calarei, mesmo quando estiver numa
cama do necrotério ou numa sepultura, minhas
frases continuarão a desempenhar o mesmo
papel: Falar.
___________________________
Augusto Kengue Campos Escritor

Sem comentários:

Enviar um comentário